Matéria publicada em 07 de março - 2019 pelo blog - Nathannaarea.com.br
A marca de artigos esportivos “PENALTY” produziu no início da década de 90, uma linha espetacular de
tênis com os nomes dos principais atletas da Seleção Brasileira de Futsal
(Vander, Chôco, Ortiz, Danilo, Manoel Tobias, Serginho, Fininho entre outros),
que encantaram por todo o país, uma geração de atletas profissionais, além de
crianças, jovens, adultos, meninos e meninas apaixonados pelo FUTSAL.
Passado mais de duas décadas, os tênis Penalty produzidos pela CAMBUCY S/A, que trazia os nomes dos principais craques da Seleção Brasileira de Futsal, ainda não saem da memória de uma legião de fâs praticantes do Futsal e admiradores daquela magnífica Seleção Brasileira. Foi uma linda homenagem da marca “PENALTY” a aquela geração de atletas maravilhosos. Nomes como: Chôco, Ortiz, Jorginho, Manoel Tobias, Danilo, Vander Iagovino e o goleiro Serginho, foram alguns nomes, entre tantos, que a empresa eternizou.
A entrada da CAMBUCY
S/A, de forma efetiva no mercado nacional,
aconteceu em 1970, quando a indústria CAMBUCY S/A, criou a marca
Penalty e transferiu sua sede do
interior para a capital, São Paulo.
No
entanto, a entrada da CAMBUCY S/A na
nossa região, através da linha de produtos da Penalty, se confunde com a própria história de Jocéli Torres no esporte da região do Alto Oeste do Rio Grande do
Norte. O nome de Jocéli Torres, este
ícone do nosso esporte, estar presente em todos os setores relacionados ao
nosso desporto. Foi através de sua luta incansável, na defesa do esporte de
nossa região, que possibilitou a este autêntico SALONISTA, representar em nossa
cidade, a CAMBUCY S/A e toda a sua
linha de produtos fabricados pela marca “Penalty”. Quem! não chegou a comprar
um produto da “PENALTY” na loja de
Jocéli no início dos anos 90.
Eu,
apesar de ainda muito criança, mas lembro muito bem, como se fosse hoje, quando
fui ao centro da cidade, acompanhado de minha mãe, Dona Toinha, para comprar o
meu primeiro tênis de Futsal. E, foi na loja de Jocéli, onde descobri os
produtos desta marca 100% brasileira. Todas as vezes que Jocéli vai lá na minha
casa, minha mãe lembra dessa história.
O
Nathanzinho cresceu, e pouco anos depois desse fato, cheguei até a jogar nos
torneios realizados pela Liga Futsal de Pau dos Ferros, a qual Jocéli era o
presidente e já era visto como um mito no meio esportivo. Alguns anos depois,
consegui uma vaga na equipe da Associação Atlética Cohab de Futsal, na
categoria SUB-15, que era treinada por este baluarte do nosso esporte. Pra mim
foi uma honra, um privilégio de pode participar dos torneios de Futsal
realizados por este grande desportista, o maior de todos em nossa região,
quiçá do estado.
Que tênis lindo!!! - Penalty “ A marca de profissional”
Além
de ser o pioneiro, o precursor do setor de artigos esportivos voltados
especialmente para a prática do Futsal, Jocéli foi o primeiro a trazer para a
nossa cidade e região, as primeiras bolas de FUTSAL nas categorias: CHUPETINHA,
FRALDINHA, MIRIM, INFANTIL. Atualmente, denominadas pela FIFA com as nomenclaturas de categoria SUB-9, SUB-11, SUB-13 e SUB-15, além da bola da
categoria Feminino que também possuía uma linha específica para essa categoria.
Foi por iniciativa de Jocéli que no início da década de 90, a Liga Futsal de Pau dos Ferros implantou as regras da FIFA, colocando a entidade como sendo a segunda entidade salonista do Brasil, a implantar as regras originais de Futsal FIFA, que ainda estavam no idioma espanhol, seguindo o exemplo da Federação Paulista de FUTSAL, primeira a implantar as novas regras do Futsal FIFA, e, contrariando a Confederação Brasileira de Futsal. Um ato pioneiro e revolucionário deste esportista, ainda muito jovem. Aí dá para se ter uma noção dá audácia desse cara. O homem era impressionante, de uma mente brilhante, quem não conhece Jocéli, não sabe o que estar perdendo, conhecer uma figura, uma verdadeira lenda que já estar anunciando a sua saída das quadras de Futsal, devido as novas funções que estar exercendo na política.
SALÃO
Em 1979, a marca fechou importante
parceria com a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), que acabava
de nascer. Por mais de 20 anos, constantes investimentos na modalidade firmaria
a PENALTY como uma “marca de profissional” (slogan
usado pela marca nos anos 80 e 90), intimamente ligada ao universo do futebol,
em suas diversas modalidades. Começava aí a internacionalização da marca
PENALTY.
PFC Vander – O modelo assinado
pelo ex-jogador Vander Iacovino é uma combinação de materiais que deu origem ao
futsal campeão do mundo. Pode ser encontrados em três cores diferentes, branco
e cinza claro, cinza com detalhes preto (foto) e preto com detalhes cinza.
PFC Morruga – O também conhecido ex-jogador de futsal, Morruga, assinou
um dos novos modelos da Penalty, que representa a volta de um grande clássico
das quadras. Pode ser encontrados em três cores diferentes, bege e verde
(foto), branco e preto e todo preto.
A MARCA
Em 1968, os irmãos Eduardo, Ricardo e Roberto Estefano, filhos de Eduardo e netos de Assibe, assumiram a empresa, após a aposentadoria do tio Victorio. Finalmente, em 1970, a Cambuci modernizou sua fábrica, redefiniu sua linha de produtos e criou a marca PENALTY, lançando no mercado brasileiro produtos para a prática do FUTSAL, do futebol, e várias modalidades esportivas, além de roupas para a prática de exercícios físicos e ao ar livre. Com o sucesso, pouco depois, em 1973, a Cambuci transferiu sua produção para a cidade de São Roque, no interior de São Paulo, em um complexo de fábricas criado para atender a todo o mercado brasileiro. Em seguida, fechou seu primeiro grande contrato de patrocínio com o São Paulo Futebol Clube.
A PROPAGANDA
A propaganda possui grande poder de influência, além disso é um meio poderoso para as empresas e para o país. Foi assim que a Penalty enxergou o Futsal. Um mercado em ampla expansão. Só para ter uma ideia do que significou a expansão da linha de produtos da Penalty para o futsal, que chegou a corresponder em 1998 a cerca de 65% de todas as vendas correspondente ao mercado nacional de artigos esportivos, colocando todas as modalidades esportivas. Os produtos lançados para o mercado de Futsal, como: Meiões, short´s, caneleiras, redes, bolas e os tênis, dos mais variados modelos, colocou a Penalty na vanguarda do Futsal FIFA, quando o assunto era comprar artigos esportivos para o SALÃO.
Ortiz – craque nas quadras e na telinha.
Eu tive um Ortiz
DE: Marcio Bariviera
Colunista do jornal O Alto Uruguai e gerente administrativo do União Frederiquense, ambos de Frederico Westphalen-RS, além de aficionado por futsal.
O pessoal dos anos 90 deve lembrar: aquele Penalty
Ortiz era um baita tênis de futsal. Para mim, inclusive, foi o melhor de todos
os que tive, o qual aguentou dois anos.
Meu Ortiz (tênis, para que fique claro) era uma espécie de kichute com grife. Quem teve um kichute na infância sabe do que estou falando. Sair de um kichute para um Ortiz era como trocar uma bicicleta com rodinhas por uma Caloi Cross.
O tênis não era dos mais baratos. Pelo contrário,
era dos chamados tops de linha da época. Lembro até da propaganda, o Ortiz
falava segurando o tênis na mão e uma sombra ao fundo simulava lances de
futsal, com direito a um voleio bem ao seu estilo.
Até o cheiro da caixa do tênis (e do próprio tênis)
era diferenciado. Você não tem noção. Aliás, só quem teve um Ortiz poderia ter
noção. Tive até certo receio em estreá-lo, pois era daqueles tênis de ir à
missa.
E como surrei aquele tênis... A gente disputava
campeonatos municipais, regionais, treinava, jogava em horários alternativos...
Enfim, era quase diário o seu uso. E ele aguentava firme. E se contar tudo o
que ele apanhou e o tanto que foi utilizado, meu companheiro foi valente
demais.
Depois de dois anos bem aproveitados, sola gasta
aqui, esfoladas e arranhadas ali, tinha chegado a hora de despedir-me do tênis.
Quase chorei quando minha mãe o doou. Eu sabia que com aquele gesto a gente
estaria ajudando alguém e isso amenizou minha tristeza. Porém, ter de
separar-me dele foi uma tristeza ímpar. Hoje posso dizer que a dor passou, mas
a cicatriz ficou.
Mais adiante usei outros tênis: Dal Ponte, Kappa,
Kelme, Nike, todas as marcas de alta qualidade, mas, com o perdão do
trocadilho, nenhuma chegou aos pés de meu Penalty Ortiz, o qual conhecia meus
calos, sabia das dores nos tendões, tudo. A gente tinha uma relação quase de
irmãos.
Conheci o Ortiz pessoalmente em 2012, depois de alguns confrontos entre as categorias de base de Inter e União Frederiquense. Acabei esquecendo de comentar o assunto, mas não tenho dúvida de que a sombra que deu aquele belo voleio na propaganda foi protagonizado por ele mesmo. O que seria normal. Afinal, ele era diferenciado. Como também era o meu tênis.
OS TÊNIS
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