28 de outubro de 2019

A Liga Futsal de nossa cidade em parceria com o Blog – Futebol de Pau dos Ferros, contará em 5 capítulos, a história da Seleção Brasileira nas quadras do Brasil e do mundo, através dos tempos. Desde o antigo Futebol de Salão ao atual Futsal Moderno.

Matéria produzida em 11 - Janeiro – 2016

Em 1969, o velho e bom Futebol de Salão, viu pela primeira vez uma exibição da nossa seleção nacional. Em 1989 foi a vez da seleção Canarinho entrar em quadra com uma nova roupagem e uma nova cara, denominada de Futsal Moderno. Você leitor terá privilégio de acompanhar de forma inédita, em cinco capítulos, através de uma parceria entre a Liga Futsal de nossa cidade e o Blog- Futebol de Pau dos Ferros, a trajetória da seleção mais vitoriosa do nosso desporto nesses últimos 46 anos.

Foto histórica da Seleção Brasileira de Futebol de Salão, quando entrou em quadra pela primeira vez na história dessa modalidade, criada e difundida no Brasil, no ano de 1969, durante o primeiro Campeonato Sul Americano de Futebol de Salão.  Da esq. para a dir.: Luciano Frota, Cacá. Plácido, Zé Milton e Rigoberto.

I CAPÍTULO

Série – 46 anos da história da Seção Brasileira nas quadras

A Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN cedeu com exclusividade uma boa parte do seu arquivo, na qual está registrada toda a história do nosso velho e bom SALÃO nacional. A entidade salonista pauferrense nos contemplou com um vasto material fotográfico sobre a história deste esporte genuinamente brasileiro e da nossa seleção nacional.

Com um arquivo de mais de dez mil fotos, sobre a história desta modalidade esportiva, da criação à sua evolução, desde os primórdios do SALÃO nacional e da trajetória da seleção brasileira através do tempo, a Liga Futsal de Pau dos Ferros, abriu seu acervo para que o blog – Futebol de Pau dos Ferros pudesse contar numa série de cinco capítulos, um pouco da trajetória do nosso selecionado, durante os últimos 46 anos, desde a sua primeira apresentação em 1969, na cidade de Asunción, no Paraguai. E de seus principais atletas que vestindo a camisa da seleção, ajudaram a levar o nosso SALÃO ao topo do mundo, como esporte de massa e de espetáculo.

Uma história rica e vitoriosa do nosso SCRETH CANARINHO. Dentro das quadras, o talento natural da criança brasileira com o objeto esférico, a bola, que aprendeu a jogar, nas calçadas, nas ruas, nos campos de várzea e depois no salão. A verdadeira arte do menino brasileiro de jogar com a bola no pé.

Penalty - Patrocinadora oficial do Salão Brasileiro desde a criação da CBFS 

A história do nosso SALÃO, do nosso Futebol jogado em espaço reduzido, confunde-se com a própria história da nossa Seleção Brasileira. Atuando com a tradicional camisa amarela, inspirada nas cores e das conquistas do nosso selecionado de Futebol, que havia conquistado dois títulos mundiais (1958 – 1962) e tendo em suas fileiras os dois maiores astros da bola internacional, num só scretch, Pelé e Garrincha, a nossa seleção das quadras, do SALÃO, acabou de completar em 2015, 46 anos de existência, desde a sua primeira apresentação em 1969, no Paraguai.

Uma história belíssima, que foi construída com muito amor, suor e lagrimas, por verdadeiros heróis nacionais que se tornaram verdadeiras lendas do nosso esporte. Homens que apaixonados pelo esporte e pelo futebol jogado no salão, vestiram a camisa de nossa seleção e fizeram de um sonho, quase que impossível, lá no início dos anos 40, tornar-se muitos anos depois, uma realidade.

Jovens que transformaram o Salão brasileiro, praticado no seu nascedouro, como pelada e como forma de lazer, para distrair as crianças da maioria das cidades brasileiras, numa modalidade esportiva dinâmica e atraente para os jovens poderem praticá-la e o público assisti-la, seja ao vivo ou pela TV.

Esses brasileiros que em quarenta anos, conseguiram, através de nosso selecionado, transformar o velho e bom SALÃO Brasileiro, numa modalidade moderna, colocando-a no topo das modalidades VIPS no mundo esportivo internacional.

FUTEBOL DE SALÃO – Da estreia em 1969 ao surgimento do primeiro ídolo das quadras.

Neste primeiro episódio, da série de cinco capítulos, contaremos a trajetória da seleção brasileira, desde a sua primeira apresentação em 1969 até o final da década de 70 e do seu principal atleta. O magnífico bailarino das quadras, o lendário Sergio de Paiva Ribeiro, o Serginho.

Os anos sessenta marcou o início de um período da nossa historia salonistica, de muitas dificuldades. Na tentativa de estruturar o esporte no país, dirigentes vislumbrando avançar com a modalidade em nível de continente sul-americano, resolve criar a primeira entidade continental e realizar naquele mesmo ano, a primeira competição internacional da modalidade, o campeonato Sul americano de Futebol de Salão de 1969, promovido pela Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão, em Assunção, no Paraguai.

A seleção brasileira apresentou-se pela primeira vez na sua história, em Agosto de 1969. A seleção canarinho entrou em quadra com todo o seu poderio ofensivo. Vestindo a camisa verde e amarela, o nosso selecionado mostrou durante todo o certame, a qualidade técnica e a ginga do atleta tupiniquim, através da individualidade dos seus artistas da bola.

Composta pela base da equipe cearense do Sumov, a seleção brasileira, conquistou de forma invicta em 1969, o primeiro torneio da modalidade, realizado no mundo, levando o nome do Brasil e a maneira peculiar do garoto brasileiro, de como jogar o FOOTBALL dos Britânicos, no SALÃO de nossas quadras. O velho e bom Futebol de Salão brasileiro.

Dirigida pelo técnico cearense Dr. Aécio de Borba Vasconcelos, a Seleção Brasileira comandada pela CBD, conquistou em 1969, em Assunção, o primeiro Sul Americano de Futebol de Salão.

                  Seleção Brasileira de 1971 – Um verdadeiro celeiro de campeões.

Nesta época, o Futebol Salão, foi marcado por uma legião de atletas maravilhosos, que desfilando suas habilidades e um repertório variado de fintas e dribles desconcertantes, encantaram plateias por onde passaram. As atuações do temível selecionado brasileiro das quadras foram aplaudidas de pé, por uma legião de admiradores, pelas quadras do Brasil e países da América do Sul.

Um dos maiores expoente dessa geração de atletas geniais, atletas fora de série, chamou-se: Sergio de Paiva Ribeiro, o SERGINHO. Esse carioca da gema trouxe a ginga e a habilidade descomunal de um estilo de jogo típico do carioca para a nossa seleção.  

Serginho, um exemplo de atleta. Exibindo a Taça de Campeão Sul Americano de Futebol de Salão em 1971.

Em meados do século XX, O menino carioca, era um apaixonado pelo Futebol. As conquistas realizadas por nossa seleção, em duas copas do mundo, vislumbrava o sonho de qualquer criança da cidade do Rio de Janeiro para tornar-se um jogador profissional e de vestir o manto sagrado verde e amarelo, da nossa seleção de Futebol.

A criança crescia com esse objetivo na cabeça, pois ver os astros do esporte bem de perto, era algo normal na época e em seu mundo. E SERGINHO, não foi diferente domenino carioca, dono de um estilo próprio desenvolvido pela criança da cidade do Rio de Janeiro.

Serginho como qualquer criança carioca da época, havia desenvolvido durante anos, suas habilidades, nas peladas de rua e nos campinhos de várzea, do bairro Villa Isabel, da cidade maravilhosa, no início da década de 60.

A irreverência típica da malandragem do menino peladeiro e o jeito moleque da criança carioca se identificaram muito bem com o SALÃO. E em pouco tempo Serginho tornou-se a maior expressão dessa arte de jogar bonito. DRIBLES DESCONCERTANTES, LAMBRETAS, BICICLETAS, entre outros, logo fez de Serginho o atleta mais espetacular da história do nosso salão, durante o século XX. 

Tudo que vimos do astro Falcão, fazer durante as partidas da Seleção Brasileira de Futsal, através das transmissões pela televisão, quarenta anos atrás um jogador chamado SERGINHO, fazia com maestria, que até hoje, depois de quatro décadas, Zico se emociona ao relembrar, de quando ele ainda garoto, saia de casa junto com uma turma de amigos, só para ver Serginho bailar no SALÃO.

Serginho depois de deixar a equipe do Vila Isabel, do Rio de Janeiro, vestiu a camisa verde e branca da academia do Palmeiras onde fez muito sucesso.

- Serginho era uma coisa fora de série. O que ele fazia com a bola era algo impressionante. Adorava quando garoto, assistir aquele time fantástico do “Vila Isabel”. Ver Serginho e seus irmãos em ação era maravilhoso. Eles faziam ciosas que ninguém conseguia realizar. Disse Zico, ex-atleta do Flamengo.

Em Londrina, cidade do interior do estado Minas Gerais, foi realizado em 1972, a Mini Copa João Havelange, denominada de sul americano extra. O time do palmeiras era tão bom que foi chamado a vestir a camisa da seleção brasileira na mini copa João Havelange. 

Seleção Brasileira Campeã em Londrina-MG, do Sul Americano Extra de 1972. Agachados, Serginho em destaque é o penúltimo da esquerda para a direita.

SELEÇÃO BRASILEIRA DE 1975

Em 1975, a Seleção Brasileira conquistou todos os títulos em nível de continente.

Seleção Brasileira de Futebol de Salão de 1978

Seleção Brasileira campeã do Sul Americano de Futebol de Salão de 1978, em Montevidéu.

No próximo episódio, contaremos a saga da criação da CBFS e o reavivamento da FIFUSA e a conquista inesquecível pela seleção brasileira dos mundiais de 82 e 85 e do maior craque da década de 80, Jackson, que imortalizou a camisa 12.

  
Matéria produzida pelo Blog – Futebol de Pau dos Ferros/RN


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