Matéria publicada em 30 de outubro - 2017 pelo blog - Nathannaarea.com.br
Usando a inteligência e a irreverência, características peculiar
das crianças, a meninada do Bairro João XXIII, improvisaram o pequeno espaço ao
lado da casa de Dona Luzenira, colocaram duas Mini traves de futebol e
começaram a brincar de bola.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
Exemplo clássico da criatividade de nossas crianças. Assim como no conto de origem árabe conhecido como Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, narrativa que passou a constar nos manuscritos árabes das Mil e Uma Noites, onde menino Aladim de posse de uma Lâmpada Mágica que num simples gesto de esfrega-la desperta o gênio que está dentro dela e passa a realizar todos os seus desejos. Na vida real das crianças do Bairro João XXIII, a cena imita o conto, se o vilão de Aladim era o feiticeiro, o de nossas crianças são os políticos, e no lugar da Lâmpada Mágica é a Bola com a sua magia, que substitui o gênio e permite surgir no meio da selva de pedra, entre casas, prédios comerciais e a BR 405, um desejo, uma pérola, um campinho de várzea que mantém viva a chama da velha e boa pelada de “Futebol” entre as crianças e a continuação dos contos infantis. Fantástico.
CAPÍTULO IV
Série – Raios-X dos últimos campos de Várzea que restam na cidade de Pau dos Ferros/RN.
Neste Quarto episódio da série “Raios-X dos últimos campos de Várzea da cidade de Pau dos Ferros/RN”, numa parceria entre o Site “Nathannaarea.Blogspot.com.br”, e a marca “JOCÈLI”, será destacado os campinhos de Várzea do Bairro João XXIII, com destaque maior para o campinho construído ao lado da casa de Dona Luzenira Alves de Souza Santos”.
Sem nome e reputação, o campinho improvisado no terreno ao lado da casa de Dona Luzenira Alves de Souza Santos, mãe de Luiz, mais conhecido por Galego, foi transformado para ser a grande atração esportiva da garotada do Bairro João XXIII. Algo espetacular que os políticos deveriam se espelhar.
A falta de espaços físicos destinados para a prática esportiva em Pau dos Ferros/RN vem exigindo que crianças, jovens e adultos procurem se virá nos trintas para conseguir bater uma peladinha.
A última invenção realizada pela galera do Bairro João XXIII, é digna de produção a lá filmes de Hollywood, para não dizer de filmes spaghetti italiano, se não fosse á criatividade e a força de vontade dessa meninada que luta de todas as formas para não ver o fim das peladas, das brincadeiras de jogar bola. Aquelas peladinhas das calçadas e na rua, em frente ás casas de nossos pais, que ocorriam décadas passadas em nossa cidade com a maior naturalidade, que devido á violência, elas estão aos poucos entrando em extinção.
A exemplo das grandes cidades brasileira, nas quais as crianças se encontram reclusas nas suas casas e apartamentos, a nossa cidade ainda consegue ver, ainda, alguma poucas cenas de liberdade para as nossas crianças. Isso pode ser constatado durante uma pesquisa que realizamos para podermos produzir esse excelente trabalho.
Nessa pesquisa o Departamento de Comunicação do - Blog Nathan na Área - sobre os campos de várzea da cidade de Pau dos Ferros/RN, identificamos que na maioria dos Bairros da cidade, a liberdade das crianças e jovens está cada vez mais ficando comprometida, aos pouco vem sendo aniquilada e o campinho adaptado pela garotada do Bairro João XXIII é um exemplo típico da falta de espaço para as crianças brincarem e do medo que os pais têm da violência, que vem chegando igual á fumaça, lenta e perigosa.
No entanto, temos que tirar o chapéu para os pais dessas crianças do Bairro João XXIII, que sem campo para brincar, usou a inteligência, adaptou o pequeno espaço, localizado vizinho á casa de Dona Luzenira Alves de Souza Santos, para servir como um espaço de lazer, no qual várias crianças e até adolescentes pudessem brincar. É o velho dito popular retornando: Quem não tem cão caça com gato.
Luiz da Câmara Cascudo foi um escritor potiguar que realizou vários estudos sobre a cultura popular nordestina, dentre as suas várias pesquisas sobre o modo de vida, alimentar e expressões utilizadas pela população, várias se tornaram bastantes populares no cotidiano nordestino. Uma dessas expressões que ficou massificada no nosso cotidiano e cai muito bem quando o assunto é esporte na cidade de Pau dos Ferros/RN, precisamente no Bairro João XXIII, foi o ditado “Quem não tem cão caça com gato” que pode perfeitamente ser acrescentada a esse termo popular, atualizando, “Quem não tem Campo para jogar bola, usa a inteligência”.
São ditados ou termos populares que através dos anos permanecem sempre iguais, significando exemplos morais, filosóficos e religiosos. Tanto os provérbios quanto os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura. Historiadores e escritores sempre tentaram descobrir a origem dessa riqueza cultural, mas essa tarefa nunca foi nada fácil e pelo andar da carruagem, de como está sendo conduzido o esporte de nossa cidade, muitas expressões irão aparecer, enriquecendo o imaginário mundo da cultura popular. As dificuldades enfrentadas pelas crianças do Bairro João XXIII para conseguir um cantinho para brincar, ter um momento de lazer, reflete bem o que está passando a nossa sociedade. Tudo é difícil, quando se trata do bem estar de nossa juventude, é assim que surgem as expressões e muitas se tornam populares.
O grande escritor
Luiz da Câmara Cascudo já dizia que: “Os ditados populares sempre estiveram
presente ao longo de toda a história da humanidade”. No Brasil isso não é
nenhuma novidade. Porém a brincadeira do autor com o título da matéria “Quem
não tem Cão caça com gato e Quem não tem Campo para Jogar usa a inteligência”
será apenas uma brincadeira de nossas crianças e adolescente que cairá, num
futuro não muito distante, no esquecimento, pois certamente os nossos
governantes farão em, nossa querida, Pau dos Ferros/RN, instalações esportivas de
ótima qualidade, que não ficarão a dever nada á países como: Canadá,
Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, onde as pequenas cidades, á exemplo de
Pau dos Ferros/RN, com cerca de 30 mil habitantes, possuem Ginásio, Piscinas,
Arenas e Estádios de Futebol, ambos cobertos, com piso de borracha, grama
artificial e climatizadas. Assim, a garotada do Bairro João XXIII não precisará
mais utilizar o pequeno espaço do terreno ao lado da casa de Dona Luzenira
Alves de Souza Santos, que foi adaptado num campinho para a garotada brincar de
bola. Parabéns a Senhora Luzenira Alves de Souza Santos e a seu filho Galego,
por permitir que a galera pudesse brincar de bola. A Senhora Luzenira está
fazendo algo que é uma obrigação dos políticos fazerem.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
Meninos batendo uma bola no campinho improvisado no Bairro João XXIII... Só em Pau dos Ferros/RN!
A REGRA É CLARA
As regras do futebol são claras. Para disputar uma partida oficial de futebol é necessário um retângulo de 90 a 120 metros por 45 a 90 metros, com duas traves de cada lado. Mas, para a garotada que joga futebol no Bairro João XXIII, tudo isso é relativo.
Sem nenhum Ginásio e campo de futebol no Bairro, as crianças
e os adolescentes passara a improvisar os poucos espaços que ainda são
disponíveis para que elas pudessem se divertir nas suas horas de lazer. Foi
assim que surgiu o campinho que fica dentro do terreno ao lado da casa de Dona Luzenira
Alves de Souza Santos, que fica
a margem direita da BR 405, no sentido de quem viaja para Mossoró.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
Crianças do Bairro João XXIII jogam bola dentro de um muro.
Passando pelo Bairro, observamos que muitas casas foram construídas nos últimos dez anos, no entanto, é perceptível que instalações esportivas, praças, campos de futebol, piscinas entre outros equipamentos importantes para colocar os cidadãos do Bairro em forma física, prevenindo contra doenças, não foram uma prioridade dos últimos gestores públicos de nossa cidade e do estado.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
A bola corre solta e a disputa da bola, no calor da pelada, produz uma sensação que possibilita a garotada esquecer que está jogando dentro de um muro e faça parecer, pelo menos em pouco tempo, num melhor lugar do mundo para brincar. No final da pelada, depois que as cortinas se fecham, á realidade aparece e a vida das crianças continua a mesma quando o assunto é esporte. Sem Ginásio e campo de futebol para praticar um esporte de qualidade, algo que toda criança tem o direito pela constituição.
TEMPOS ÁUREOS
Vizinho á casa de Dona Luzenira Alves de Souza Santos, já existiu a alguns anos atrás, vários campos de futebol. Num passado não muito distante, precisamente nos anos 80, vários campos de Várzea, foram criados pelos desportistas da época que realizavam torneios de Futebol Amador que mobilizava toda a classe esportiva da nossa cidade. Os anos foram se passando e a falta de compromisso da classe política com nossa juventude, em especial os apaixonados pelo desporto, foi ficando cada vez mais evidente. A não aquisição dos terrenos por parte do poder público municipal, o que garantiria a juventude continuar praticando suas atividades esportivas de forma progressiva, através do futebol e de outras modalidades que seriam automaticamente inseridas, através da construção de um Ginásio, no local onde existiam os campos.
No entanto, o tempo passou, o poder público tratou de comprar a consciência das pessoas, dos mais velhos, daqueles que votavam e com uma classe de desportista totalmente desorganizada, sem a conscientização que existe atualmente, passou a assistir de camarote, o capitalismo se apoderar de toda á área, antes utilizada pelos jovens, para ser a base propulsora da economia no setor imobiliário da construção civil.
Casas, edifícios e repartições: publicas e privadas foram surgindo no meio do terreno de terra batida, que antes era utilizado pelos craques do nosso futebol, dava lugar ao crescimento imobiliário que se encontrava em plena expansão. Atualmente, no local onde funcionou o campo principal, está localizada a maio estrutura física, destinada para o ensino de nossa cidade, trata-se da Escola Evolução. Iniciada a sua construção na segunda metade da década de noventa a escola expandiu sua área de atuação, que vai desde a educação infantil, a parti de um ano de idade, até o ensino médio. Porém, não é toda a família que tem o privilégio de ter as condições necessárias para colocar seus filhos e desfrutar da qualidade do ensino desta importante instituição educacional de Pau dos Ferros.
COMO TUDO COMEÇOU
Na década de 90, depois da privatização do ensino
público no Brasil, a cidade de Pau dos Ferros/RN, não ficou a leio as mudanças
e aos poucos foi sendo criada uma distancia entre as crianças, separando-as de
suas classes sociais.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
No
espaço que atualmente está localizado á Escola Evolução, existiu na década de
80, um campo de Futebol que foi palco para os grandes eventos do nosso Futebol.
Primeiro foi sendo construída toda uma estrutura física que permitisse as famílias com poder aquisitivo maior, pudessem comprar todo um bem disponível, de conhecimento, destinado para seus filhos. E, não muito diferente de outros bairros da cidade, na região onde se encontrava os campos de futebol, um espaço gigantesco, foi sendo aos poucos, todo retalhado, para os empreendimentos imobiliários, sendo uma grande parte do terreno adquirido para a construção da Escola de ensino particular Evolução.
No terreno no qual está localizado á Escola Evolução, existiram vários campos, inclusive o campo principal que foi palco para os maiores eventos futebolístico da cidade, torneios que chegava a ter á participação de 40 equipes, divididas em duas divisões. Com a aquisição por parte dos proprietários da escola, foi construída uma grande estrutura física, com sala de aulas, quadras e piscinas que permitem aos alunos da escola desfrutar de um belo espaço físico. No entanto, apenas aquelas famílias que tem condições de colocarem os seus filhos podem usufruir dessa bela estrutura de ensino.
E, assim foram surgindo ás escolas particulares em nossa cidade, primeiro com a Escola Educandário, depois vieram: Evolução, Universidade da Criança, Mundo do Saber entre outras, que aos poucos foram separando: Ricos de pobres, crianças humildes de crianças abastadas, príncipes de plebeus, castelos de taperas, da casa grande de senzala. Enfim surgiu um muro entre pobres e ricos, produziu-se um monstro. Um APARTHEID.
Atualmente, as crianças que praticam esporte na cidade se encontra em dois mundos destintos. As crianças e jovens das classes com menor poder aquisitivo estão separados por um muro, das crianças de famílias com melhor poder aquisitivo. Esse muro invisível a olho nu, foi criado no início dos anos 90 e que vem impedindo, atualmente, desses dois mundos distintos possam conviver em harmonia, no qual as nossas crianças ricas ou pobres possam ter relações de convívio e que possibilite construir laços de amizade que no futuro, ambas possam olhar no túnel do tempo e perceba que participou da história de nossa cidade de forma igual em todos os sentidos.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
No meio da Rua José Paulino do Rego e no espaço onde se encontra atualmente construído: edifícios e casas, a cerca de trinta anos atrás, crianças e jovens garotos, de cabelos longos e apaixonados por futebol davam o ritmo ao bairro, ao correrem com bola no pé, na busca de fazer um gol e levar á equipe a vitória,
APARTHEID
Para tratarmos desse assunto, aproveitamos uma entrevista que estávamos realizando com um personagem que tem tudo haver com esse processo, trata-se do senhor Jocéli Torres, que no final da década de 80, visando fazer a contracultura esportiva, evitar que houvesse dentro do esporte uma distancia entre pobres e ricos, das classes A, B, C, D, E, F, ele conduziu um processo esportivo cultural, através do Futsal FIFA, com objetivo de diminuir a distancia entre as crianças da periferia e a criança do centro da cidade.
Uma experiência espetacular, por mais de uma década, ele conseguiu alterar a ordem e construir uma nova cultura dentro de nossa sociedade que até hoje é cantada em verso e prosa por aqueles que vivenciaram um momento impa de nossa historia esportiva, através das competições da Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN.
A entrevista com o Sr. Jocéli Torres, que será publicada em breve em nosso Blog- Nathan na Área, em breve, abordará vários temas pertinentes ao desporto. Porém, não poderíamos perder esta oportunidade, onde nos propusemos a tratar de um tema tão importante, que é a falta de espaços físicos para a prática esportiva e a extinção dos campos de várzea, para que Jocéli Torres pudesse contemplar os nossos leitores com sua opinião abalizada sobre tal processo de desconstrução do nosso esporte amador, neste “Neste Quarto episódio da série “Raios-X dos últimos campos de Várzea da cidade de Pau dos Ferros/RN”.
Foi sob o seu comando que a Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN, realizou uma transformação que até hoje é elogiada por aficionados do esporte. As competições uniam as crianças de todos os bairros de nossa cidade, e de todas as classes sociais, da mais humilde àquelas que tinham pais com maior poder aquisitivo.
O Blog – Nathan na Área teve nesta sexta-feira com Jocéli Torres, antes dele deixar a cidade de Pau dos Ferros com destino a cidade de Apodi, no qual passa os finais de semana, repousando no sítio de seus pais, para nos contemplou com sua opinião, ao falar do tema tão delicado.
Gestor Esportivo e profissional de Educação Física, Jocéli Torres, milita no esporte a mais de 3 décadas. Foram anos e anos de estudos e uma experiência adquirida que o coloca como um dos construtores do nosso esporte. Estudioso da cultura popular e do esporte mundial e preparando-se para lançar um livro sobre o esporte de nossa cidade, pedimos para que ele, como o único dirigente pertencente, a geração da década de 80, ainda em atividade e preocupado com o declínio do esporte de nossa cidade, comentasse sobre essa separação das classes sociais, que vem crescendo cada vez mais, entre as crianças pobres e ricas. Ele comentou o quadro atual, pelo qual caminha o esporte e o futuro da nossa juventude, dentro desse processo da desconstrução cultural do esporte que vem ocorrendo desde 1986, depois que o comunismo assumiu o poder no Brasil.
- Quando comecei no esporte, mesmo que de forma empírica, percebi que algo estava errado. Precisava ser criada alguma ação para impedir que essa exclusão acontecesse. Ou seja, primeiro possibilitar que todas as crianças pudessem brincar juntas, jogar torneios e consequentemente as levaria para há idade adulta, há ter uma consciência coletiva e esportiva, construindo uma nova cultura de sociedade, evitando a desconstrução cultura, já naquela época, que veio acontecer depois de 2003. Conseguimos algo espetacular, frear o avanço da desconstrução cultural, pelo menos durante uma década, mais os entraves e as forças ocultas e a minha saída para Fortaleza, abriu um vazio que foi preenchido por pessoas ambiciosas e individualistas. Primeiro sem a intelectualidade necessária para perceber e compreender o campo de ação dos indivíduos interessados nesse processo e também a falta de uma visão politica e até geopolítica. Disse Jocéli Torres.
- A coisa poderia está ainda pior caso não tivéssemos atuado diretamente como os principais atores no campo de ação cultural. Foi através da ação daquele grupo que tive o prazer de liderá-los durante as nossas ações esportivas, caso contrário as nossas crianças, hoje! pais e com filhos entre 12 a 20 anos, já teriam sido todas desestimuladas para há prática esportiva. A geração que tem hoje entre trinta á quarenta anos e que participou daquele processo cultural esportivo, realizado pela Liga Futsal de Pau dos Ferros, consegue ter uma percepção do quadroão cidadãos conscientes e alguns com um grande senso crítico. O problema de Pau dos Ferros é que nessas duas últimas décadas houve um excedo muito grande de pessoas vindas de cidade da região, para não dizer: uma invasão, que a reboque acompanhou além de suas esperanças, todas as suas mazelas e não houve um trabalho igual na cidade, principalmente para as crianças e adolescente, igual ao que foi realizado por nós na década de 90. Sem fala que varias crianças daquela época e que hoje poderiam está
senso crítico, que poderia está ajudando em muito na formação intelectual das crianças e dos jovens atuais. Destacou o dirigente.
Ao ser questionado o que poderia ser feito para melhorar as condições do nosso esporte para que as crianças, jovens e adultos de Pau dos Ferros pudessem se opor e se impor a esse processo de desconstrução de que ele falou, o senhor Jocéli Torres destacou.
- Olha! É muito difícil reverter esse quadro, não é coisa para amador ou para qualquer pessoa normal, não é porque esteja atuando na área esportiva, seja no esporte amador ou escolar, professor de educação física, técnico, dirigente esportivo entre outros que existem na área esportiva que tem uma percepção da politica esportiva filosófica. Conhece e compreende o quadro social em que está atolado á nossa comunidade esportiva é algo que merece ter um estudo profundo. A coisa é para profissional, não é algo que você possa ir até a farmácia, comprar um comprimido e resolver todos os problemas do nosso esporte e de nossa juventude. Até porque, já se passaram três décadas que o esporte amador se encontra abandonado no Brasil. Isso trouxe a nossa juventude para a lama. O esporte amador se encontra atualmente atolada até o pescoço com problemas. Disse Jocéli Torres.
- É uma vergonha. Os nossos pais, nos entregaram um pais bom, sem violência, sem droga, sem promiscuidade, e o que foi que fizemos? Criamos para os nossos filhos um problema gigantesco. Tudo aqui está invertido. Se não for feito algo, o esporte será retirado delas, porque o esporte é uma ferramenta importante para disciplinar o jovem, ensinando-os a pensar e ter o senso crítico, até pela própria característica que tem o esporte. Eles não querem esporte em nenhum lugar do Brasil. Mas estamos resistindo. Destacou Jocéli Torres.
- A esperança existe. Vejo que temos todas as condições para fazer esporte. A população brasileira está propensa a mudar, ainda sem uma conscientização política, somos uma população que gosta de esporte. Quando muitos pensam que está mudando, a coisa está ficando é pior. Um exemplo clássico, as nossas escolas. Veja! Quantos anos não faz que a comunidade estudantil, já de cabelos brancos, sonhara com uma quadra descente nas escolas: 31 de Março, que já mudou até de nome, Tarciso Maia, 4 de setembro, Jose Guedes, Ubiratan Galvão, Severino Bezerra entre outras, para que pudesse praticar dignamente uma modalidade esportiva, com qualidade. Concluiu Jocéli Torres.
Depois dessa palhinha com Jocéli Torres, imagine os outros temas que foram abordados nessa entrevista exclusiva, e que você leitor assíduo do Blog – Nathan na Área terá o privilégio de em breve poder acompanhar.
CAMPO DA CAIXA DÁGUA
Passando para o outro lado da BR 405, encontramos outro campinho. Localizado no meio da Rua, ainda de terra batida, que aos poucos vai surgindo com o aparecimento de novas casas, a garotada vem se divertindo todas as tardes a vários anos, porém pelo crescimento imobiliário que vem ocorrendo em boa parte do trecho da rua, não vai demora muito para a garotada ficar sem mais um espaço de lazer no bairro.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
Cada qual no seu quadrado. Para cada campinho um estilo de trave.
Conhecido como o campo da Caixa D´água, o espaço estreito que vem sendo utilizado pela garotada do Bairro, fica localizado numa área por trás da Rua Hemetério Fernandes, que aos poucos vai se tornando numa Rua. Pouco movimentada, no sentido principal, local onde fica as traves, a futura rua divide o seu espaço com: os carros, cachorros, motos e a garotada que corre atrás da redondinha.
Créditos: Liga Futsal de Pau dos Ferros/RN
O Campinho da Caixa D’água existe a vários anos. Localizado fica por trás da Rua Hemetério Fernandes, o campinho que fica entre terrenos particulares e meio da rua, será em pouco tempo apenas uma lembrança, registrada por nós, através das lentes de nossas câmaras.
OBS: A ENTREVISTA COMPLETA COM O SENHOR FUTSAL, SERÁ
PUBLICADA EM BREVE.
Fonte: Nathanzinho
Departamento de Comunicação do blog – Nathan Na Área
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